Foto de Letizia Battaglia
Minha primeira indicação para esta #poesiaqueer é um artista bastante conhecido, o italiano Pier Paolo Pasolini, que completaria 102 anos no início deste mês de março de 2024. Mais conhecido como cineasta, romancista e intelectual público do que como poeta – faceta que, no entanto, foi a primeira a se manifestar em sua vasta obra.
Pasolini era, assumidamente, cristão, marxista e homossexual. Por que, então, adicionar ainda outra denominação, a de poeta queer? Não se trata, aqui, de inserir uma nova etiqueta como uma designação identitária fechada, mas de associar sua produção poética a uma constelação (mais do que uma linhagem ou tradição única) de autores e autoras em que a questão em torno de uma sexualidade vista pela sociedade como desviante é uma das estrelas que brilham com mais intensidade.
Em algumas publicações na Itália e no Brasil (links abaixo), Pasolini tem sido associado a uma vertente poética queer e à produção de versos de amor para o mesmo sexo (“versi d’amore per lo stesso sesso”), como sugere a antologia feita por Luca Baldoni, Le parole tra gli uomini. Diferentemente de alguns de seus filmes (como Salò, ou os 120 dias de Sodoma e Decameron) e de seus romances (como Teorema), em que o homoerotismo comparece de maneira tão explícita quanto violenta, alguns de seus poemas dão a ver uma apreensão mais sutil desse tema. Ora com uma abordagem lírica e direta do corpo masculino e sua genitália, como nos versos “[...] mais quente e vivo é o corpo gentil/ que exala sêmen e se vai [...]”, do poema “Versos do testamento”/“Versi del testamento” (traduzido por Cide Piquet e Davi Pessoa, link abaixo). Ora com um lirismo pungente de quem observa, no passado ou no presente, rostos, corpos e formas que causam atração e depois se desvanecem, deixando o ato sexual como expectativa ou promessa. Ora, ainda, entre variados outros elementos da análise arguta do autor sobre os dilemas da vida no capitalismo italiano – e brasileiro –, onde “a ascese precisa do sexo, do pau” (poema “Hierarquia”/“Gerarchia”, reproduzido na íntegra abaixo).
Evocada por Nanni Moretti no filme Caro Diário (Caro Diario, 1993), a melancolia do brutal assassinato irresolvido de Pasolini, cujo corpo morto a pauladas (supostamente, por um michê) foi encontrado entre as pedras do caminho, parece prenunciada em alguns trechos do segundo dos poemas aqui reproduzidos. Esse poema fala, aliás, do Brasil, suas hierarquias e ambiguidades sobre o pano de fundo de uma viagem ao Rio de Janeiro, com seus encantamentos e “seus mais belos michês”.
Deixo aqui dois poemas como sugestão para outras leituras do poeta:
Beira-mar. Luzes brancas, esmagadas.
Velhos calçamentos nublados de umidade tropical.
Escadinhas descendo para a areia
preta; com papéis, dejetos.
Um silêncio como nas cidades do Norte.
Aí estão jovens de jeans cor de carniça
e malhinhas brancas, aderentes,
sujas, caminhando rente à balaustrada
– como argelinos condenados à morte.
Uns mais longe na sombra quente
contra outras balaustradas. E o barulho do mar,
que não deixa pensar... Atrás do largo,
de uma calçada gasta (rumo ao cais),
rapazes mais novos; varas; caixas
de madeira; uma toalha estendida na areia preta.
Estão ali, deitados; depois dois se levantam;
olham a calçada oposta,
as luzes do bar com varandas de madeira podre
(lembrança de Calcutá... de Nairóbi...)
(Uma música dançante, distante,
num bar de hotel, de onde chega
apenas um zunzum profundo, e lamentos
candentes de frases musicais do Oriente.)
Entram num boteco, todo aberto...
tanto mais cheio de luz quanto mais pobre,
sem um metal, um vidro... Tornam a sair,
tornam a descer. Comem, em silêncio,
contra o mar que não se vê,
as coisas que compraram. Um deles,
sentado na toalha, não se move; fuma,
com a mão no colo. Ninguém
olha quem os olha (como ciganos,
perdidos em seu sonho).
(tradução de Maurício Santana Dias. Pier Paolo Pasolini, Poemas, São Paulo: Cosacnaify,
2015, p. 180-181. Org. Alfonso Berardinelli e Maurício Santana Dias).
Un lungomare. Lumi bianchi, schiacciati.
Vecchi lastrici, grigi d’umidità tropicale.
Scalette, verso la sabbia
nera, con carte, rifiuti.
Un silenzio come nelle città del Nord.
Ecco ragazzi con blu-jeans color carogna,
e magliucce bianche, aderenti,
sudice, che cammiano lungo le spallette
– come algerini condannati a morte.
Qualcuno più lontano nell’ombra calda
contro altre spallette. E il rumore del mare,
che non fa ragionare... Dietro il largo
d’un marciapiede scrostato (verso il miolo),
dei ragazzi, più giovani; pali; cassette
di legno; una coperta, stesa sulla sabia nera.
Stanno lì sdraiati; poi due si alzano;
guadagnano l’opposto marciapiede,
lungo luci di bar, con verangde di legni marci
(ricordo di Calcutta... di Nairobi...)
(Una musica da ballo, lontana,
in un bar di hotel, di cui arriva
solo un zum-zum profondo, e lagni
cocenti di frasi musicale d’oriente.)
Entrano in un negozio, tutto aperto...
tanto più pieno di luce quanto più povero,
senza un metallo, un vetro... Riescono,
ridiscendono. Mangiano, in silenzio,
contro il mare che non si vede,
ciò che hanno comprato. Quello
disteso sulla coperta non si muove; fuma,
con una mano sul grembo. Nessuno
guarda chi li guarda (come gli zingari,
perduti nel loro sogno).
Hierarquia
Se chego a uma cidade
de além-mar
Muitas vezes chego a uma cidade nova, levado pela dúvida.
Transformado da noite para o dia em peregrino
de uma fé em que não creio;
representante de uma mercadoria depreciada há tempos,
mas é grande, sempre, uma estranha esperança –
Desço do avião com o passo do culpado,
o rabo entre as pernas, e uma eterna vontade de mijar,
que me faz andar meio dobrado com um sorriso incerto –
É preciso livrar-se da alfândega e, muitas vezes, dos fotógrafos:
prática ordinária que cada qual cuida como uma exceção.
Depois o desconhecido.
Quem passeia às quatro da tarde
por canteiros cheios de árvores
e alamedas de uma desesperada cidade aonde europeus pobres
vieram para recriar um mundo à imagem e semelhança do seu,
impelidos pela pobreza a fazer do exílio uma vida?
Com um olho em minhas coisas, em minhas obrigações –
Depois, nas horas vagas,
começa minha busca, como se também ela fosse uma culpa –
Mas a hierarquia está bem clara em minha cabeça.
Não há Oceano que resista.
Nessa hierarquia os últimos são os velhos.
Sim, os velhos, a cuja categoria começo a pertencer
(não falo do fotógrafo Sardeman que com a mulher
já íntima da morte me acolhe sorrindo
no estudiozinho de sua vida inteira)
Sim, há uns velhos intelectuais
que na Hierarquia
se põem à altura dos mais belos michês
os primeiros a ocupar os pontos mais cobiçados
e que como Virgílios conduzem com popular delicadeza
alguns velhos são dignos do Empíreo,
dignos de estar ao lado do primeiro garoto do povo
que se dá por mil cruzeiros em Copacabana
ambos são o meu guia
que me levando pela mão com delicadeza,
a delicadeza do intelectual e a do operário
(quase sempre desempregado)
a descoberta da invariabilidade da vida
necessita de inteligência e de amor
Vista do hotel da Rua do Rezende Rio –
a ascese precisa do sexo, do pau –
aquela estreita janela do hotel em que se paga o quartinho –
se olha por dentro o Rio, num aspecto de eternidade,
a noite de chuva que não traz frescor,
e molha as ruas miseráveis e os destroços,
e as últimas cornijas art nouveau dos portugueses pobres
milagre sublime!
E assim Josvé Carrea é o Primeiro na Hierarquia,
e com ele Harudo, vindo menino da Bahia, e Joaquim.
A Favela era como Cafarnaum sob o sol –
Percorrida por córregos de esgoto
os barracos amontoados
vinte mil famílias
(ele na praia me pedindo cigarro como um prostituto)
Não sabíamos que aos poucos revelaríamos uns aos outros,
prudentemente, uma palavra após a outra
dita quase distraidamente:
eu sou comunista, e: eu sou subversivo;
sou soldado num destacamento especialmente treinado
para combater subversivos e torturá-los;
mas eles não sabem;
as pessoas não se dão conta de nada;
só pensam em viver
(me fala do subproletariado)
A Favela fatalmente nos esperava,
eu grande conhecedor, ele guia –
seus pais nos acolheram, e o irmãozinho pelado
recém-saído de trás de oleado –
ah, sim, invariabilidade da vida, a mãe
me falou como Maria Lìmardi, preparando a sagrada
limonada para o hóspede; a mãe branca mas ainda de carnes jovens;
envelhecida como envelhecem as pobres, e no entanto menina;
sua gentileza, e a de seu companheiro,
fraternal com o filho que só por sua vontade
era agora uma espécie de mensageiro da Cidade –
Ah, subversivos, procuro o amor e encontro vocês.
Procuro a perdição e encontro a sede de justiça.
Brasil, minha terra,
terra de meus verdadeiros amigos,
que não se ocupam de nada
ou se tornam subversivos e como santos são cegados.
No círculo mais baixo da Hierarquia de uma cidade
imagem do mundo que de velho se faz jovem,
ponho os velhos, os velhos burgueses
pois um velho popular da cidade permanece jovem
não tem nada a defender –
anda vestido de regata e calças aos trapos como Joaquim, o filho.
Os velhos, minha categoria,
quer queiram ou não –
Não se pode escapar ao destino de possuir o Poder,
ele se põe por si
lenta e fatalmente na mão dos velhos,
ainda que tenham as mãos furadas
e sorriam humildemente como mártires sátiros –
Acuso os velhos de terem de todo modo vivido,
acuso os velhos de terem aceitado a vida
(e não podiam não aceitá-la, mas não há
vítimas inocentes)
a vida, acumulando-se, produziu o que ela queria –
acuso os velhos de terem feito a vontade da vida.
Voltemos à Favela
onde ou não se pensa em nada
ou se quer ser mensageiro da Cidade
lá onde os velhos são pró-americanos –
Entre os jovens que jogam bola mal
diante de elevações encantadas sobre o frio Oceano,
quem quer alguma coisa e o sabe foi escolhido ao acaso –
ignorantes de imperialismo clássico
de qualquer delicadeza quanto ao velho Império a explorar
os Americanos dividem entre si os irmãos supersticiosos
sempre acesos por seu sexo como bandidos por uma fogueira de gravetos –
É assim por puro acaso que um brasileiro é fascista e outro subversivo;
aquele que arranca os olhos
pode ser confundido com aquele cujos olhos são arrancados.
Joaquim nunca poderia ser diferente de um sicário.
Por que então não amá-lo se o tivesse sido?
Também o sicário está no vértice da Hierarquia,
com seus traços simples apenas esboçados
com seu simples olho
sem outra luz que aquela da carne
Assim no topo da Hierarquia
encontro a ambiguidade, o nó inextricável.
Ó Brasil, minha pátria desgraçada,
destinada sem escolha à felicidade
(de tudo são donos o dinheiro e a carne,
ao passo que você é tão poético)
dentro de cada habitante seu, meu concidadão,
há um anjo que não sabe nada,
sempre dobrado sobre seu sexo,
que se move, velho ou jovem,
para pegar em armas e lutar
indiferentemente pelo fascismo ou pela liberdade –
Oh, Brasil, minha terra natal, onde
as velhas lutas – bem ou mal já vencidas –
para nós, velhos, readquirem sentido –
respondendo à graça de delinquentes ou de soldados
à graça brutal.
(tradução de Maurício Santana Dias. Pier Paolo Pasolini, Poemas, São Paulo: Cosacnaify,
2015, p. 212-221. Org. Alfonso Berardinelli e Maurício Santana Dias).
Gerarchia
Se arrivo in una città
oltre l’oceano
Molto spesso arrivo in una nuova città, portato dal dubbio.
Divenuto da un giorno all’altro pellegrino
di una fede in cui non credo;
rappresentante di una merce da tempo svalutata,
ma è grande, sempre, una strana speranza –
Scendo dall’aeroplano col passo del colpevole,
la coda tra le gambe, e un eterno bisogno di pisciare,
che mi fa camminare un po’ ripiegato con un sorriso incerto –
C’è da sbrigare la dogana, e, molto spesso, i fotografi:
comune amministrazione che ognuno cura come un’eccezione.
Poi l’ignoto.
Chi passeggia alle quattro del pomeriggio
sulle aiuole piene di alberi
e i boulevards d’una disperata città dove europei poveri
sono venuti a ricreare un mondo a immagine e somiglianza del loro,
spinti dalla povertà a fare di un esilio la vita?
Con un occhio alle mie faccende, ai miei obblighi –
Poi, nelle ore libere,
comincia la mia ricerca, come se anch’essa fosse una colpa –
La gerarchia però è ben chiara nella mia testa.
Non c’è Oceano che tenga.
Di questa gerarchia gli ultimi sono i vecchi.
Sì, i vecchi, alla cui categoria comincio ad appartenere
(non parlo dei fotografo Saderman che con la moglie
già amica della morte mi accoglie sorridendo
nello studiolo di tutta la loro vita)
Sì, c’è qualche vecchio intellettuale
che nella Gerarchia
si pone all’altezza del più bei marchettari
i primi che si trovano nei punti subito indovinati
e che come Virgili conducono con popolare delicatezza
qualche vecchio è degno dell’Empireo,
è degno di star accanto al primo ragazzo del popolo
che si dà per mille cruzeiros a Copacabana
ambedue son lo mio duca
che tenendomi per mano con delicatezza,
la delicatezza dell’intellettuale e quella dell’operaio
(per lo più disoccupato)
la scoperta dell’invariabilità della vita
ha bisogno di intelligenza e di amore
Vista dall’hotel di Rua Resende Rio –
l’ascesi ha bisogno del sesso, del cazzo –
quella finestrella dell’hotel dove si paga la stanzetta –
si guarda dentro Rio, in un aspetto dell’eternità,
la notte di pioggia che non porta il fresco,
e bagna le strade miserabili e le macerie,
e gli ultimi cornicioni del liberty dei portoghesi poveri
sublime miracolo!
E dunque Josvé Carrea è il Primo nella Gerarchia,
e con lui Harudo, sceso bambino da Bahia, e Joaquim.
La Favela era come Cafarnao sotto il sole –
Percorsa dai rigagnoli delle fogne
le baracche una sull’altra
ventimila famiglie
(egli sulla spiaggia chiedendomi la sigaretta come un prostituto)
Non sapevamo che a poco a poco ci saremmo rivelati,
prudentemente, una parola dopo l’altra
detta quasi distrattamente:
io sono comunista, e: io sono sovversivo;
faccio il soldato in un reparto appositamente addestrato
per lottare contro i sovversivi e torturarli;
ma loro non lo sanno;
la gente non si rende conto di nulla;
essi pensano a vivere
(mi parla del sottoproletariato)
La Favela, fatalmente, ci attendeva
io gran conoscitor, egli duca –
i suoi genitori ci accolsero, e il fratellino nudo
appena uscito di dietro la tela cerata –
eh sì, invariabilità della vita, la madre
mi parlò come Lìmardi Maria, preparandomi la limonata
sacra all’ospite; la madre bianca ma ancor giovane di carne;
invecchiata come invecchiano le povere, eppur ragazza;
la sua gentilezza con quella del suo compagno,
fraterno al figlio che solo per sua volontà
era ora come un messo della Città –
Ah, sovversivi, ricerco l’amore e trovo voi.
Ricerco la perdizione e trovo la sete di giustizia.
Brasile, mia terra,
terra dei miei veri amici,
che non si occupano di nulla
oppure diventano sovversivi e come santi vengono accecati.
Nel cerchio più basso della Gerarchia di una città
immagine del mondo che da vecchio si fa nuovo,
colloco i vecchi, i vecchi borghesi
ché un vecchio popolano di città resta ragazzo
non ha da difendere niente –
va vestito in canottiera e calzonacci come Joaquim il figlio.
I vecchi, la mia categoria,
che vogliano o non vogliano –
Non si può sfuggire al destino di possedere il Potere,
esso si mette da solo
lentamente e fatalmente in mano ai vecchi,
anche se essi hanno le mani bucate
e sorridono umilmente come martiri satiri –
Accuso i vecchi di avere comunque vissuto,
accuso i vecchi di avere accettato la vita
(e non potevano non accettarla, ma non ci sono
vittime innocenti)
la vita accumulandosi ha dato ciò che essa voleva –
accuso i vecchi di avere fatto la volontà della vita.
Torniamo alla Favela
dove o non si pensa nulla
o si vuole diventare messi della Città
là dove i vecchi sono filo-americani –
Tra i giovani che giocano biechi al pallone
di fronte a cucuzzoli fatati sul freddo Oceano,
chi vuole qualcosa e lo sa, è stato scelto a sorte –
inesperti di imperialismo classico
di ogni delicatezza verso il vecchio Impero da sfruttare
gli Americani dividono tra loro i fratelli superstiziosi
sempre scaldati dal loro sesso come banditi da un fuoco di sterpi –
È cosi per puro caso che un brasiliano è fascista e un altro sovversivo,
colui che cava gli occhi
può essere scambiato con colui a cui gli occhi sono cavati.
Joaquim non avrebbe potuto mal essere distinto da un sicario.
Perché dunque non amarlo se lo fosse stato?
Anche il sicario è al vertice della Gerarchia,
coi suoi semplici lineamenti appena sbozzati
col suo semplice occhio
senz’altra luce che quella della carne
Così in cima alla Gerarchia,
trovo l’ambiguità, il nodo inestricabile.
O Brasile, mia disgraziata patria,
votata senza scelta alla felicità,
(di tutto son padroni il denaro e la carne,
mentre tu sei così poetico)
dentro ogni tuo abitante mio concittadino,
c’è un angelo che non sa nulla,
sempre chino sul suo sesso,
e si muove, vecchio o giovane,
a prendere le armi e lottare,
indifferentemente, per il fascismo o la libertà –
Oh, Brasile, mia terra natale, dove
le vecchie lotte – bene o male già vinte –
per noi vecchi riacquistano significato –
rispondendo alla grazia di delinquenti o soldati
alla grazia brutale.
Links para consulta:
de-pier-paolo-pasolini-5f984a5964a2
antologia-di-versi-damore-per-lo-stesso-sesso-da-pasolini-e-penna-ai-supercontemporanei/
HENRIQUE PROVINZANO AMARAL é poeta, tradutor e pesquisador. Graduado, mestre e doutorando em Letras pela USP, dedica-se ao estudo e à tradução de escritores.as do Caribe francófono, especialmente do martinicano Édouard Glissant. Como tradutor, publicou, além de ensaios desse autor, os livros Jan Mapou Jan (com Vanderley Mendonça, Selo Demônio Negro, 2019), miniantologia do poeta haitiano Jan Mapou; a coletânea Estilhaços – antologia de poesia haitiana contemporânea (Selo Demônio Negro, 2020), que também organizou; e o livro de ensaios Queer Zones 1 (com Thiago Mattos, Crocodilo/n-1 edições, 2022), de Sam Bourcier. Como poeta, Henrique é autor do livro Quatro cantos (Patuá, 2020) e de poemas publicados esparsamente em veículos como Ruído Manifesto, Posfácio, Mallarmargens. Participou como tradutor convidado na FLIMA – Festa Literária da Mantiqueira, em 2018, e no Festival Vo-Vf, em Gif-sur-Yvette, França, em 2023.
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