

SELVAGEM: os dentes caninos da poesia, com Dirceu Villa
Datas: 19/08, 26/08, 02/09 e 09/09 (terças) Horário: das 19h30 às 22h
Informações
19 de ago. de 2025, 19:30 – 09 de set. de 2025, 22:00
Transmissão via Zoom
Sobre
A poesia costuma ser escrita em moldes ditados já pelo fato de ser poiésis, como nos ensinaram os gregos, sobretudo Aristóteles. Mas houve arte verbal escrita, que nada tinha daquilo que cedemos ao conceito, por falta de melhor termo, de “poesia”.
Aquela “poesia” já foi chamada “primitiva” e “selvagem” – o que o poeta Jerome Rothenberg lembrou que deve significar “complexa”, contrariamente ao sentido pejorativo que se costuma associar àqueles termos. E é sobretudo na impiedade de sua selvageria que vamos abordá-la aqui: o que é compor uma ferocidade selvagem contra a máquina mercante, que exclui o que não está à venda?
Como escreveu Ezra Pound, “o templo é sagrado porque não está à venda”. Veremos o que isso significa, a partir da leitura e debate de grandes mestres das artes poéticas, tais como, o visionário-vidente francês, poeta maldito Arthur Rimbaud; o poeta brasileiro, multitarefa da cultura, Antônio Risério, também antropólogo, ensaísta, historiador; o alquimista da palavra, poeta português, Herberto Helder; e a incendiária poeta russa, Marina Tzvietáieva, além da roqueira-poeta Patti Smith e do escritor, cineasta e tarólogo Alejandro Jodorowsky, dentre outros e outras.
Esta oficina, além de uma parte expositiva (com a proposta de expor teoria e exemplos), conta também com exercícios práticos, criados não apenas para desenvolver a escrita de quem participa, mas especialmente para abrir a percepção poética que está em todos nós. Durante os encontros, haverá leitura interpretativa conjunta, debates e comentários aos textos dos participantes.
>> Emitimos certificado de participação. (frequência mínima de 75% nas aulas)
>> Parcelamos em até 12x via Sympla.
>> Os valores de contribuição tem um caráter de doação e serão usados para financiar os projetos d'A Capivara Instituto Cultural.
Dirceu Villa (1975, São Paulo) é poeta, tradutor e ensaísta, autor de sete livros de poesia, sendo os últimos couraça (2020) e ciência nova (2022), publicados pela Laranja Original. Possui doutorado em Literaturas de Língua Inglesa e pós-doutorado em Literatura Brasileira, ambos pela USP. Colaborou com periódicos estrangeiros e escreveu apresentações para obras de diversos autores contemporâneos. Participou dos festivais de poesia de Berlim, na Alemanha (2012); Granada, na Nicarágua (2018) e Siena, na Itália (2019). Foi escolhido para a residência literária, promovida pelo British Council, a FLIP e o Writers’ Centre Norwich, em Norwich e Londres (2015). Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, o inglês, o francês, o italiano e o alemão, publicada em antologias e revistas especializadas. Foi professor por cerca de 10 anos da Oficina de Tradução Poética da Casa Guilherme de Almeida (Centro de Estudos de Tradução Literária). Desde 2020, é professor do CLIPE (Curso Livre de Preparação de Escritores) do Museu Casa das Rosas e professor do Laboratório de Poemas d'A Capivara Cultural, onde também ministra outros cursos sobre poesia e prosa.

