

CÂNONE: Os Motivos de Lermos o que Lemos, com Dirceu Villa
Data: 04 de agosto (segunda) Horário: das 19h30 às 21h30
Informações
04 de ago. de 2025, 19:30 – 21:30 BRT
Transmissão via zoom
Sobre
Nesta aula aberta, para iniciar o semestre de atividades, vamos abordar um dos tópicos mais importantes e menos discutidos da Literatura: o que, por que e como lemos o que lemos? Quem nos oferece o que deveríamos ler, e quem esconde o que não se pode ler? Por que se oferecem certos nomes e outros são obscurecidos em cada geração?
A estrutura do cânone literário não é indiferente, nem acontece espontaneamente com a História com “H” maiúsculo, mas é uma rede de poder, interesses e mesmo uma maneira de administrar um efeito de realidade que se deseja obter.
Vamos observar, por exemplo, como e por que, desde a sua escrita, tão pouca gente leu o poema “Escravocratas”, de Cruz e Souza, e por que este texto está virtualmente ausente de antologias; por que se obliterou a presença singular da escritora Jacinta Passos; por que se escamoteou a poesia da marquesa de Alorna; por que Augusto e Haroldo de Campos, e Luiz Costa Lima tiveram de recuperar Sousândrade e Pedro Kilkerry; qual o motivo de o extraordinário Sapateiro Silva ter sido apagado em favor de gente de bens; como foi possível Roberto Piva e Hilda Hilst só chegarem ao público que mereciam após suas mortes?
E muito mais.
>> A aula será gravada, você pode ver e rever quantas vezes quiser.
>> Emitimos certificado de participação.
Dirceu Villa (1975, São Paulo) é poeta, tradutor e ensaísta, autor de sete livros de poesia, sendo os últimos couraça (2020) e ciência nova (2022), publicados pela Laranja Original. Possui doutorado em Literaturas de Língua Inglesa e pós-doutorado em Literatura Brasileira, ambos pela USP. Colaborou com periódicos estrangeiros e escreveu apresentações para obras de diversos autores contemporâneos. Participou dos festivais de poesia de Berlim, na Alemanha (2012); Granada, na Nicarágua (2018) e Siena, na Itália (2019). Foi escolhido para a residência literária, promovida pelo British Council, a FLIP e o Writers’ Centre Norwich, em Norwich e Londres (2015). Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, o inglês, o francês, o italiano e o alemão, publicada em antologias e revistas especializadas. Foi professor por cerca de 10 anos da Oficina de Tradução Poética da Casa Guilherme de Almeida (Centro de Estudos de Tradução Literária). Desde 2020, é professor do CLIPE (Curso Livre de Preparação de Escritores) do Museu Casa das Rosas e professor do Laboratório de Poemas d'A Capivara Cultural, onde também ministra outros cursos sobre poesia e prosa.