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A poeta de sábado é Cassandra Rios





Cassandra Rios, pseudônimo de Odette Peréz Rios, foi a primeira autora brasileira a vender um milhão de livros, ainda nos anos 70.


A escritora nos deixou em 2002, mas sua obra é um importante legado para autoras e autores LGBTQIA+. Cassandra nunca deixou de apresentar em seus textos a temática homosexual e herótica, por conta disso foi perseguida e teve 34 de seus 50 livros censurados.


Foi, inclusive, levada a prestar depoimento por conta de seus escritos, em uma entrevista concedida à Jandiro Koch em 2013, Pabla, antiga companheira de Cassandra, conta sobre um desses interrogatórios:


“Cassandra ficou detida, 21 horas de pé, por causa de uma poesia chamada “Prisão da Liberdade”. Ela comentava sobre isso e ria dizendo que eles, na verdade, nem entendiam o que estavam lendo.”



Reunimos aqui alguns poemas do livro "Canção das Ninfas", de 1971.
















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Lembro quando, nos anos 80, um personagem de Chico Anysio que tipificava o anormal disse a seu analista, em voz baixa e olhando para baixo, que tinha lido Cassandra Rios. Seu bordão era perguntar: "Doutor, eu sou normal?" Nós éramos muito tolos. Tivemos uma formação que fazia da palavra "pornografia" um pecado abominável, uma vergonha moral, que não separava a temática sobre sexo da produção comercial sobre ele. E Cassandra era chamada de "pornográfica" por uma mídia que não conhecia nem Hilda Hilst. Falar de sexo era uma audácia permitida ao cinema, mas ai de quem tocasse nesse assunto fora dali. Havia os marginais, como Ana Cristina Cézar, tida como louca. A Cassandra foi imputado o estigma de comercial: falar…

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