Ler o ontem, construir o amanhã: diálogos sobre racismo ambiental, com Ana Sanches, Iza Santos e Carolina Casati
Datas: 16, 23, e 30 de agosto (quartas-feiras) Horário: das 19h30 às 21h30
Informações
16 de ago. de 2023, 19:30 – 30 de ago. de 2023, 21:30
Transmissão via Zoom
Sobre
Ler o ontem, construir o amanhã: diálogos sobre racismo ambiental
No Brasil e no mundo os impactos das mudanças climáticas e de eventos extremos atingem de forma desproporcional as populações negras, indígenas, povos tradicionais e periféricos. Fortes chuvas, secas, alagamentos e desmoronamentos, ausência de grupos étnicos raciais em espaços de poder são alguns dos problemas dentro do âmbito do conceito de Racismo Ambiental.
Nesse sentido, o curso propõe apresentar e discutir o racismo ambiental como abordagem político-analítica, valendo-se da literatura como um campo potente na união de saberes e reflexões decoloniais no Brasil. As aulas irão enfocar não só a teoria e a evolução histórica do conceito – cunhado na década de 80 pelo professor norte-americano Benjamin Chavis – mas também casos práticos e exemplos de políticas racistas no Brasil, trazendo um olhar voltado para o futuro e para o diálogo em torno de propostas antirracistas e de formas sustentáveis de habitar a terra.
Por isso, o curso é essencialmente interdisciplinar: está aberto não só para quem atua nas áreas socioambiental, jurídica e urbanística, mas a todas as pessoas interessadas em literatura e arte e, em geral, na construção de um futuro mais justo para todas, todos e todes.
> Ao se inscrever para o curso você estara automaticamente matriculado para nossa aula gratuita de abertura (on-line), também ministrada por Ana Sanches, Izabela Santos e Maria Carolina Casati, que acontece no dia 27 de julho, às 19h00.
Pensando em acolher cada vez mais pessoas interessadas no tema, ampliamos o número de bolsas 50% OFF disponíveis. Aproveite!
>> Este curso faz parte do projeto PRETAPALAVRA, uma iniciativa d'A Capi e @encruzilinhas para divulgar e amplificar as vozes de escritoras negras.
Programação:
Aula 1 - Crise ecológica: processo colonial e racismo ambiental
- histórico e conceitos importantes;
- casos emblemáticos de racismo ambiental no Brasil (ex: Litoral Norte, Macapá, etc).
Aula 2 - A literatura como instrumento de reflexão sobre a realidade socioambiental no Brasil
- relação da literatura com aspectos do racismo ambiental;
- diálogo entre textos: Carolina Maria de Jesus - Quarto de despejo; Ailton Krenak - ideias para adiar o fim do mundo; Depois do fim: conversas sobre literatura e antropoceno, org. Fabiane Secches.
Aula 3 - Para novos mundos com justiça climática, racial e social: aquilombar
- sustentabilidade justa e planejamento urbano não racista (prof. Julian Ageyman);
- pensar a própria realidade e outras formas de elaboração sobre a experiência racializada (exemplos: Selma Dealdina, Nego Bispo);
- o que podemos fazer? Ações de enfretamento e construção de novos futuros (exemplos: carta proposta adaptação climática antirracista, comitê dos atingidos pela tragédia-crime 19/02, PerifaSustentável, etc.)
Público alvo: Indicado para todas as pessoas interessadas nas áreas socioambiental, jurídica e urbanística; em humanidades, literatura e artes, bem como em estudos sobre raça, políticas antirracistas e saberes interdisciplinares. Não há pré-requisitos.
Ana Cláudia Sanches Baptista é mulher negra, periférica e praiana. É turismóloga, mestra em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP e atualmente cursa o doutorado no programa de Mudança Social e Participação Política, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, USP/Leste. É pesquisadora sobre raça e desigualdades socioambientais, através da ótica do racismo ambiental e ecologismo decolonial. Atua como como assessora de projetos no Instituto Pólis e como ativista no movimento negro e socioambiental brasileiro.
Izabela Santos é mulher negra e nortista. Bacharel em Engenharia Ambiental (UEPA). Doutora em Ciência Ambiental (PROCAM/USP). Possui experiência em projetos na área ambiental, com ênfase em metodologias participativas, gestão de água, saneamento básico e análise de políticas públicas de meio ambiente. Sua pesquisa está associada com riscos e vulnerabilidade socioambiental, governança da água, Water-Energy-food nexus, racismo e injustiça ambiental. Realiza pesquisa-ação para transformação e engajamento socioambiental.
Maria Carolina Casati é mulher negra, professora, escritora. Atualmente cursa o doutorado na EACH-USP, no Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política. Apaixonada pela palavra, é idealizadora do @encruzilinhas, um projeto de leitura e debate de textos sobre negritude, gênero, feminismos e militância. É mãe do TumTum, filha de Figênia e Brogio, neta de Zelia e amiga de muitas, mas, primeiramente, do G7.
Contribuições
Inscrição Integral
R$ 160,00Vendas encerradasInscrição Social (50%off)
Destinado a estudantes de graduação e pós graduação, bolsistas CAPES/CNPq e pessoas em situação de vulnerabilidade social. (**Vagas Limitadas)
R$ 80,00Vendas encerradasInscrição + Doação
A quantia doada acima do valor integral do ingresso nos ajuda a manter o nosso programa de bolsas. Apoie um aluno! Conheça mais sobre o projeto: www.bit.ly/blscapi
R$ 220,00Vendas encerradasInscrição Ex-alunos Capivara
Destinado exclusivamente aos alunos que já fizeram algum de nossos cursos pagos.
R$ 144,00Vendas encerradas
Total
R$ 0,00