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FORMA EM FUGA:  A Escrita do Ensaio, com Gustavo Silveira Ribeiro
FORMA EM FUGA:  A Escrita do Ensaio, com Gustavo Silveira Ribeiro

FORMA EM FUGA: A Escrita do Ensaio, com Gustavo Silveira Ribeiro

Datas: 23 e 30 de outubro, 06, 13 e 20 de novembro (quartas-feiras) Horário: 19h30 às 21h30

Informações

23 de out. de 2024, 19:30 – 20 de nov. de 2024, 21:30

Transmissão via Zoom

Sobre

A partir da análise detida de textos teóricos sobre o gênero e de uma série de ensaios de referência, o curso pretende oferecer subsídios para uma melhor compreensão das múltiplas possibilidades do ensaio, contribuindo também para a formação de um repertório mínimo e um pouco menos óbvio de leituras.

A cada encontro, o foco das discussões irá recair sobre o trabalho de um ensaísta particular, a partir do qual questões mais amplas de método e técnica, e também conexões com outros autores e textos, serão propostas.

Combinados a essa empreitada teórico-crítica, os encontros querem também servir como uma oficina mínima, na qual os estudantes possam, através dos exercícios oferecidos e comentados, desenvolver o seu próprio texto, produzindo, ao final do curso, um ensaio que será discutido, oralmente e por escrito, com cada um dos participantes.

Aula 1

Marielle Macé

A tradição do grande ensaísmo francês – que passa pela teoria, pelo pensamento filosófico e pela escrita de si (na forma da narrativa ficcional ou dos gêneros autobiográficos) encontra nessa autora uma vibração particular, atenta a algumas das questões mais prementes da política e cultura contemporâneas – as recentes vagas migratórias, a vida em comum, a necessidade de novos sentidos para palavras comuns (casa, comunidade, nós).

Siderar, considerar

(texto base)

“Ideias em forma de frases”

(outras leituras)

Aula 2

Veronica Stigger

A partir do livro No espaço, com Lygia Pape. O ensaio como recolha, montagem habilidosa e sutura de citações várias, material de arquivo e inventário da cultura, que a escrita do ensaio organiza, transforma e dá sentido. A crítica de arte como campo de interseção de saberes, espaço para a emergência do pensamento. Stigger combina as artimanhas da ficcionista com os cuidados da pesquisadora para elaborar uma trama conceitual densa e levar a cabo um trabalho de redescrição e reconstituição de objetos artísticos perdidos, de difícil acesso, trabalhos que ganham verdadeira sobrevida (nachleben) na sua intervenção crítica e prática de escrita. O aceno do ensaio erudito ao mundo do pop e da contracultura, além do imaginário científico e utópico das viagens espaciais.

No espaço, com Lygia Pape

(texto base)

Útero do mundo

(outras leituras)

Aula 3

Augusto de Campos

Em Augusto de Campos, poeta de vanguarda, o ensaio é como mais um campo expandido do pensamento e da criação, texto indeciso entre a densidade reflexiva e a composição musical, entre vocação analítica e a iluminação da imagem poética. Ou ainda: entre a poesia e a prosa. Pensar o ensaio como poema experimental, ou como a escrita posta – uma vez mais – em risco e em desconforto: aberta para o novo (em todas as épocas), disposta à polêmica, elaborada a partir de uma confluência de gêneros e práticas artísticas, que se reúnem para manter em tensão, de modo muitas vezes inquietante, a linguagem e as ideias – voltadas aqui contra um cânone crítico e acadêmico enrijecido e compartimentado.

O anticrítico

(texto base)

À margem da margem

(outras leituras)

Aula 4

Graciela Speranza

A partir de Atlas portátil de América Latina: arte y ficciones errantes. Disposta a tomar uma das questões mais candentes do mundo contemporâneo – a migração e a errância, as viagens e a fluidez de muitos espaços e territórios – e transformá-la em dispositivo crítico fundamental, Graciela Speranza escreve, neste livro ainda inédito no Brasil (mas que leremos em tradução), ensaios errantes, textos móveis que acompanham os textos e obras de arte com que trabalha, num movimento corpo-a-corpo, que ora sugere grande proximidade com certos materiais, ora indica certa distância que procura tomar para ver conjuntos de obras e traçar panoramas amplos, interessados em pensar a América Latina, e parte significativa da produção artística mais recente, ficções errantes e mapas em movimento.

Atlas portátil de América Latina

(texto base)

Aula 5

Anne Carson

A partir de Sobre aquilo em que eu mais penso. Ler essa antologia de ensaios de Anne Carson é observar a riqueza impura da sua escrita, que mistura gêneros e temas diversos, desierarquiza os saberes, confunde os tempos e faz pensar de novo, com olhos novos, questões variadas: de temas e textos da Antiguidade até autores e artistas modernos, poetas, pintores, cineastas e performers.

Sobre aquilo em que eu mais penso

(texto base)

>> As aulas serão gravadas, você pode ver e rever quantas vezes quiser.

>> Emitimos certificado de participação.

Destinado a todas as pessoas interessadas no estudo e na prática de escrita do gênero ensaio. A pesquisadores, estudantes e professores.

Gustavo Silveira Ribeiro é professor da Faculdade de Letras da UFMG e um dos editores da OURIÇO - revista de poesia e crítica cultural. Coordena o ESCAPE - Grupo de Pesquisa sobre Poesia Experimental, Performance e Artes do Corpo (UFMG/CNPq).

>> Estes valores têm um caráter de doação e serão usados para financiar os projetos d'A Capivara Instituto Cultural.

Contribuições

  • Contribuição Tô dura

    Essa doação nos possibilita manter A Capivara Instituto Cultural em operação.

    R$ 380,00
  • Contribuição Tô podendo

    Esse tipo de doação nos ajuda a manter o programa de bolsas para as pessoas em situação de vulnerabilidade.

    R$ 480,00
  • Bolsa Social

    Destinado a estudantes de graduação e pós, bolsistas CAPES/CNPq e pessoas em situação de vulnerabilidade social, por questões de raça, gênero, orientação sexual, outras. (*Vagas Limitadas)

    R$ 220,00
    Esgotado

Total

R$ 0,00

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