ESCREVER SEM ESCREVER: leitura como escrita no século XXI, por Leonardo Villa-Forte
Datas: 11, 18 e 25 de Agosto e 01 de Setembro (quintas-feiras) Horário: das 19h30 às 21h30.
Informações
11 de ago. de 2022, 19:30 BRT – 01 de set. de 2022, 21:30 BRT
Transmissão via Zoom
Sobre
>> Além das aulas com conteúdo teórico, diálogo e atividades práticas, A Capivara e a Relicário incluem nessa experiência o livro Escrever sem Escrever, entregue para você ou para quem você quiser presentear, em qualquer lugar do Brasil, sem custo adicional.
Os quatro encontros teórico-práticos tem como base a pesquisa que resultou no livro Escrever sem escrever: literatura e apropriação no século XXI, (Menção Honrosa no Prêmio Casa de Las Américas 2020), acrescida de novos estudos sobre a cultura como arquivo a ser lido, inclusive a linguagem digital e os bancos de dados contemporâneos. Serão expostas propostas, feitas ao longo do século XX e chegando ao XXI, de escritas e jogos artísticos que trabalham a relação entre fontes/origens e deslocamentos/reescritas, como colagens, citações, piratarias e outras formas de habitar o texto.
Vamos pensar o que acontece com a linguagem hoje, em sua relação com as mídias, com a leitura e sua força expressiva, tomando como exemplo textos de escritores, poetas e artistas, tais como, Angélica Freitas, Veronica Stigger, Marta Barcellos, Roy David Frankel, Marília Garcia, Adelaide Ivánova, Rui Pires Cabral, Jen Bervin, Kenneth Goldsmith, Jonathan Safran Foer, Vanessa Place, Johanna Drucker, além de obras musicais e audiovisuais de DJs e artistas.
A discussão circula em torno das noções e práticas de remix, escrita não-criativa/recriativa, gênio não-original, pós-espanto, escrita sampler, poesia conceitual, leitura deformativa, tradução algo infiel e literatura expandida. Para isso, visitamos pensadores como Lev Manovich, Antoine Compagnon, Eduardo Navas, Marjorie Perloff, Graça Capinha, Alberto Pucheu, Fred Coelho e Mauro Gaspar, Ana Pato, Fernanda Bruno, Byung Chul-Han, Gilles Deleuze, Hal Foster e Arthur Danto, entre outros.
O que pode a escrita hoje, em um estado de tantos deslocamentos? O que pode a leitura hoje, em um estado de tantas derivações? Fazer com, fazer por meio de, fazer em reunião, fazer através, não fazer. Autorias como curadorias. Gestos de DJs ou máquinas. Escritas de leitores. Leituras que já são escritas. Os textos que nos leem. Nós que lemos os textos.
O primeiro e o segundo encontro serão expositivos. No terceiro e no quarto teremos uma parte expositiva e outra de leitura e comentários sobre exercícios práticos dos participantes.
PROGRAMAÇÃO:
Aula 1
> O ar do tempo
> Linguagem: água do aquário
> Vanguardas históricas
> A colagem e o deslocamento enquanto novos rumos para a arte
> A morte do autor – mas de qual falávamos?
> A mesa de trabalho se transforma: contextualização de uma situação remix
> DJs, mash-ups, versões, recombinações
> Precariedade e criação. Recepção e produção. Pós-produção
> Nós, semionautas
> Cultura como arquivo
> E o Sul com isso?
> Alterar
> Amostra de obras inseridas neste contexto
Aula 2
> Tecnologia e percepção: a linguagem dos novos meios
> Velocidade: fragmento: distribuição de começos
> O trabalho da citação
> Percurso como escrita
> Leitura como percurso
> Linguagem como matéria
> Restrição como impulso
> Moving information: a informação que nos move e nós movemos
> Escrita criativa e escrita não-criativa. Escrever com. Escrever através. Transcrever
> Arqueologia da linguagem
> Amostra de obras contemporâneas
> Proposta de exercício
Aula 3
> Escrever a leitura
> Desempacotar a biblioteca
> Leitura deformativa
> Seja bem-vindo o erro
> Circuito, bordas, proximidades imprevistas
> Narrativa, montagem, arquivos de si
> Escrita conceitual
> Poesia sem espanto?
> Show, don’t tell - Expor e contar. Mostrar e narrar
> Leitura de exercícios
> Proposta de novo exercício
Aula 4
> Drama na era dos dados
> O sujeito quantificado
> Excesso e insensibilidade
> Arte e texto na era da biopolítica
> Interface como forma poética
> Rastros, traços, vestígios
> Desvirtualização
> A tradição de Cecília Gimenez
> Conversa aberta e leitura de exercícios
Leonardo Villa-Forte é escritor e pesquisador. Autor de Escrever sem escrever: literatura e apropriação no século XXI, ensaio agraciado com Menção Honrosa no Prêmio Casa de Las Américas 2020; O princípio de ver histórias em todo lugar, romance; O explicador, contos; Agenda (megamíni, 7letras), Hotel (conto, Amazon). Contribuiu para revista serrote, Blog do IMS, Revista Pessoa, Época, entre outros. Criou o Paginário, série de murais em cidades de Brasil, Portugal e Espanha, e o MixLit – O DJ da Literatura, plataforma de literatura remix. Formado em Psicologia pela UFRJ, é Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-RJ.
Contribuições
Inscrição Integral
(Pagto. em até 3X sem juros no cartão)
R$ 390,00EsgotadoInscrição + Doação
(Pagto. em até 3X sem juros no cartão) - A quantia doada acima do valor integral do ingresso nos ajuda a manter o nosso programa de bolsas (Apoie um aluno)
R$ 490,00Vendas encerradasInscrição Ex-alunos Capivara
(Pagto. em até 3X sem juros no cartão) - Destinado exclusivamente aos alunos que já fizeram algum de nossos cursos pago
R$ 350,00Vendas encerradasInscrição Social (50%off)
(Pagto. em até 3X sem juros no cartão) - Destinado a estudantes de graduação e pós graduação, bolsistas CAPES/CNPq e pessoas em situação de vulnerabilidade social. (**Vagas Limitadas)
R$ 195,00Esgotado
Total
R$ 0,00