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Cena em prosa: a escrita como processo -  O lugar como encontro, com Deise Abreu Pacheco
Cena em prosa: a escrita como processo -  O lugar como encontro, com Deise Abreu Pacheco

Cena em prosa: a escrita como processo - O lugar como encontro, com Deise Abreu Pacheco

Datas: 07, 14, 21 e 28 de outubro (segundas-feiras) Horário: das 19h30 às 21h30

Informações

07 de out. de 2024, 19:30 – 28 de out. de 2024, 21:30

Transmissão via Zoom

Sobre

Oficina voltada a práticas em escrita criativa, tendo por princípio a noção de cena, enquanto expediente estético e pedagógico constituído por três dimensões centrais: a espacialidade, a temporalidade e o acontecimento.


Com enfoque na dimensão processual e formativa da escrita, a cada semestre será oferecido um módulo inédito, com a apresentação de novas perspectivas de práticas de escrita associadas ao recorte temático proposto, sempre a partir do diálogo com obras literárias em prosa (romance, conto, crônica, novela, etc.).


As aulas adotam uma abordagem expositiva e dialógica, com o desenvolvimento de exercícios a partir de referências situacionais específicas (onde, o que, quem e quando), estabelecendo um solo consistente e prazeroso, que estimule o processo de criação dos participantes.


Tema: O lugar como encontro

Enfocaremos a noção de lugar a partir do tema do encontro, em diálogo com o romance Garota, Mulher, Outras (Cia. das Letras, 2019, com tradução de Camila von Holdefer), da prestigiada autora anglo-nigeriana Bernardine Evaristo, presidente da Royal Society of Literature e professora de escrita criativa na Brunel University, em Londres. O romance foi vencedor do Brooker Prize em 2019, o mais importante prêmio literário do Reino Unido.


No romance, a ideia de lugar se configura como um dos elementos fundantes da narrativa. Articulado contraditoriamente, por um lado, enquanto falta e ausência, ganha por outro, o vislumbre da possibilidade de novos encontros ou reencontros. A herança da diáspora africana, cujo impacto é experimentado, de formas muito diversas, pela trajetória de doze mulheres entre 16 e 90 anos, que vivem em uma Londres contemporânea, acaba por culminar em uma celebração coletiva do encontro por excelência: o teatro.


Contudo, essa dimensão individual e coletiva de lugar como encontro, partindo de uma herança histórica comum, orienta-se pela diversidade de perspectivas ideológicas, políticas, geracionais, de orientação sexual e de identidade de gênero. Tal diversidade é corroborada formalmente pela investigação estética de uma linguagem romanesca híbrida, definida por Evaristo como “ficção de fusão” [fusion fiction], uma narrativa em versos livres, sem ponto final.

Levando em consideração essa abordagem narrativa, temática e formal, vamos sugerir, na oficina, procedimentos de escrita que, partindo de trechos da obra de Evaristo, possam friccionar e impulsionar aproximações com as inquietações de cada participante acerca da ideia de lugar como encontro.


>>Vai viajar? O curso será gravado e você poderá assistir quantas vezes quiser às gravações das aulas.


>> Emitimos certificado de participação!


AULA 1:

  • Apresentação da autora Bernardine Evaristo e do romance

    Garota, Mulher, Outras

    ;

  • Articulação da obra com a ideia de

    lugar como encontro

    ;

  • Apresentação do eixo de trabalho para os exercícios: referências situacionais específicas (onde, o que, quem e quando), tendo por foco a noção de

    lugar

    ;

  • Proposta de exercício de escrita baseado no

    lugar como encontro

    para os participantes desenvolverem para a aula seguinte.

AULA 2:

  • Partilha dos exercícios de escrita desenvolvidos pelos participantes: os textos produzidos serão lidos em voz alta e discutidos em grupo, tendo em vista as proposições lançadas na aula anterior.

AULA 3:

  • Apresentação de trechos de

    Garota, Mulher, Outras,

    destacando:

1- a diversidade das perspectivas das 12 personagens, levando-se em conta a ideia de lugar e de encontro; 2- a relevância do teatro como lugar de celebração da diversidade do encontro; 3- aspectos formais da chamada “ficção de fusão” [fusion fiction], conforme proposta pela autora;

  • Proposta de aprofundamento do exercício de escrita baseado no “lugar como encontro”, considerando-se os aspectos destacados acima, para a aula seguinte.

AULA 4:

  • Partilha dos exercícios de escrita desenvolvidos pelos participantes: os textos produzidos serão lidos em voz alta e discutidos em grupo, tendo em vista as proposições lançadas na aula anterior.



PÚBLICO ALVO: Pessoas interessadas em práticas em escrita criativa e leitura de obras literárias em prosa. Pré-requisito: idade mínima 16 anos. Não é obrigatória a leitura prévia do livro Garota, Mulher, Outras para participar da oficina.


Deise Abreu Pacheco (Dedé Pacheco) atua na fronteira entre literatura, filosofia e artes cênicas. Atualmente, desenvolve projeto de pós-doutorado no Departamento de Letras da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) da Universidade Federal de São Paulo


Deise Abreu Pacheco (Dedé Pacheco) atua na fronteira entre literatura, filosofia e artes cênicas. Atualmente, desenvolve projeto de pós-doutorado no Departamento de Letras da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) da Universidade Federal de São Paulo, é doutora (FAPESP/Capes) em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com estágio de pesquisa doutoral em Filosofia no Søren Kierkegaard Research Centre (SKC), da Universidade de Copenhague (Dinamarca, 2015). Possui graduação em Direção Teatral e mestrado em Pedagogia das Artes Cênicas (ECA/USP), em que investiga processos de criação nas peças didáticas de Bertolt Brecht. Integrou o corpo docente do programa de Pós-Graduação em Escrita Criativa da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP, 2018-19), ministrando a disciplina “Elementos de Ficção”. No campo literário, é autora do livro de tirinhas A vida de Deise (Tomo I), pela Hucitec Editora (2022), em parceria com a poeta, tradutora e professora de literatura de expressão francesa Ana Cláudia Romano Ribeiro. É autora do romance LGBTQIA+ intitulado Começando Albertina (nossa vida no armário nos anos 90), lançado pela editora Editacuja em 2023. É associada fundadora d'A Capivara Instituto Cultural, onde ministra a série de cursos Cena em prosa: a escrita como processo e medeia os encontros do NaLetra (Núcleo de Leitura d'A Capi), com Ana Cláudia Romano Ribeiro.


>> Estes valores têm um caráter de doação e serão usados para financiar os projetos d'A Capivara Instituto Cultural.

Contribuições

  • Contribuição Tô podendo

    Esse tipo de doação nos ajuda a manter o programa de bolsas para as pessoas em situação de vulnerabilidade.

    R$ 400,00
  • Contribuição Tô dura

    Essa doação nos possibilita manter A Capivara Instituto Cultural em operação.

    R$ 300,00
  • Bolsa Social

    Destinado a estudantes de graduação e pós graduação, bolsistas CAPES/CNPq e pessoas em situação de vulnerabilidade social. (**Vagas Limitadas)

    R$ 180,00

Total

R$ 0,00

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