Atirando a Esmo na Multidão - Surrealismo: Uma Introdução

ATIRANDO A ESMO NA MULTIDÃO

SURREALISMO: UMA INTRODUÇÃO

Em quatro encontros, abordaremos as principais bases nas quais o Surrealismo se apoiou para o desenvolvimento e consolidação de seu pensamento, que se move através de um sistema aberto e atemporal, inclusive nos dias de hoje.

O Surrealismo é muito mais do que uma escola ou movimento artístico do início do século XX, situada historicamente e de modo genérico pela crítica acadêmica como “vanguardas artísticas”. Tal abordagem faz com que se tenha uma visão bastante parcial e limitada deste que foi um dos movimentos mais revolucionários do século passado, e que perdura até os dias de hoje. Em sua constante busca pelo ouro do tempo, a aventura surrealista abrange diversas culturas e pensamentos, sempre no intuito de combater a pouca realidade que nos é dada, constituindo, assim, uma rica e vasta visão de mundo.

Essa aventura – compreendida pela magia, pelo maravilhoso, pelo automatismo psíquico, pelo sonho etc. – fez frente ao autoritarismo da racionalidade instrumental e tecnicista da modernidade capitalista, buscando com isso o reencantamento do mundo. Transformar o mundo (Marx); mudar a vida (Rimbaud): essas duas divisas, para os surrealistas, não são mais que uma única.

📌 Aula on-line via Zoom

➡️ Datas: 03/09, 10/09, 17/09 e 24/09 (sextas)

➡️ Horário: das 19h30 às 21h30

Encontro I: Surrealismo como visão de mundo

os campos magnéticos – antecedentes e encontros;

um homem cortado em dois por uma janela – o começo da busca;

Lâchez tout! – a passagem pelo Dada;

1919-1924 (ou, ainda, 1713) – manifesto e manifestações;

algumas linhas de força – automatismo, imagem e maravilhoso.

Encontro II: O Surrealismo em suas obras vivas

trem cargueiro – surrealismo como sistema aberto, em movimento perpétuo;

Le bureau de recherches surréaliste – os surrealistas cai no outro mundo, pelo mundo afora;

A entrada dos médiuns – acerca de surrealistas, homens e mulheres (sim, mulheres!).

Encontro III: Poética do maravilhoso

a linguagem da tribo – uma poética surrealista?;

cadavre exquis – alguns poemas e poetas surrealistas ou as palavras em liberdade.

Encontro IV: O Surrealismo é o que será

“eu acredito é na rapaziada” – André Breton e o futuro do surrealismo e do movimento através da força de vida empregada pela juventude;

surrealismo diaspórico – Praga, Martinica, EUA e Brasil;

um cadáver vivo – surrealismo hoje?;

c’est tout – considerações finais.

Não há pré-requisitos. Destinado a pesquisadores, artistas, escritores, poetas e público em geral interessados no Surrealismo.

Diogo Cardoso é bacharel em Letras com habilitação em português (FFLCH-USP) e mestre em Filosofia (IEB-USP) com pesquisa sobre Cadernos de João, de Aníbal Machado. Atua na área editorial como revisor de livros didáticos e como tradutor de autores surrealistas pela edições 100/cabeças. Publicou o livro de poemas Sem lugar a voz (Dobradura, 2016) e a plaquete Paisagens e pântanos (Baboon, 2019). Tem publicaões nas revistas Zunái, Mallarmargens, Ruído Manifesto, Polichinello, Vidro e Meteöro, além de participar das antologias Subúrbios da caneta (Dobradura, 2014), Antologia Primata (Primata, 2018) e Simultâneos pulsando (Corsário Satã, 2018).