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Annie Ernaux e Édouard Louis: classe, gênero e autobiografia, com Flávia Falleiros
Annie Ernaux e Édouard Louis: classe, gênero e autobiografia, com Flávia Falleiros

Annie Ernaux e Édouard Louis: classe, gênero e autobiografia, com Flávia Falleiros

Data: 17, 24 e 31 de março, e 07 de abril (segundas) Horário: das 19h30 às 21h30

As inscrições estão encerradas
Consulte a nossa agenda

Informações

17 de mar. de 2025, 19:30 – 07 de abr. de 2025, 21:30

Transmissão via Zoom

Sobre

Uma escritora e um escritor francês contemporâneos vêm chamando a atenção dos leitores brasileiros nos últimos tempos: Annie Ernaux (nascida em 1940) e Édouard Louis (nascido em 1992). Ambos, que têm vários títulos traduzidos no Brasil, consagram-se essencialmente à escrita autobiográfica e são autores de uma obra literária claramente marcada pela sociologia. No caso de Ernaux, os vínculos com essa disciplina resultam de uma escolha deliberada e de seu engajamento político, como declarou ela mesma em mais de uma ocasião, ao falar da importância de Pierre Bourdieu (1930-2002) para sua formação intelectual. Édouard Louis, por sua vez, revelou em entrevistas sua dívida para com as ideias do filósofo e sociólogo francês Didier Eribon (nascido em 1953).


Com uma diferença geracional de meio século, Annie Ernaux e Édouard Louis têm em comum o fato de serem trânsfugas sociais: os dois nasceram em famílias modestas, no interior da França, e ascenderam socialmente por meio dos estudos. Nos escritos autobiográficos de Annie Ernaux, para os quais ela cunhou o termo autossociografia, manifestam-se de diversos modos suas preocupações de classe e de gênero, num registro feminista. Quanto às narrativas de Édouard Louis, trazem a marca profunda de sua experiência com a homofobia, vivida desde a infância e também indissociável da questão de classe social. Neste curso, vamos nos debruçar sobre uma seleção de textos desses dois autores, levando em conta, também, o embasamento sociológico sobre o qual constroem suas narrativas. Examinaremos quatro textos dos autores: dois em que tratam da figura materna; dois outros que nos permitem conhecer algumas de suas ideias fundamentais sobre questões de classe e sobre escrever-se.


Esse curso é destinado a um público amplo, apreciador de literatura e humanidades e também a estudantes, professores e pesquisadores. Nenhum pré-requisito é exigido.



>> As aulas ficam gravadas e você pode assistir posteriormente.

>> Emitimos certificado de participação.



Programa


Aula 1: Aula introdutória dividida em duas partes: (1) definição mínima do gênero autobiográfico; (2) síntese de ideias dos sociólogos Pierre Bourdieu e Didier Éribon.


Aula 2: As ideias de Annie Ernaux e de Édouard Louis através dos textos: Mudar: método (Louis) e A escrita como faca e outros textos (Ernaux).


Aula 3: Uma mulher, narrativa de Annie Ernaux.


Aula 4: Lutas e metamorfoses de uma mulher, narrativa de Édouard Louis.



A professora disponibilizará gratuitamente, em seu canal do YouTube, uma aula intitulada O lugar, de Annie Ernaux: memória pessoal e distanciamento de classe, que pode ser assistida como uma introdução prévia ao curso aqui proposto, durante o qual outros textos serão abordados, e com maior profundidade. Acesse pelo link:

https://www.youtube.com/watch?v=Kt6lfvyKblY




Flávia Falleiros é professora de Teoria literária na Universidade Estadual Paulista, com doutorado em Literatura Francesa realizado integralmente na Université Paris X Nanterre (França); concluiu três pós-doutorados: na École Normale Supérieure de Paris, na Universidade Federal de São Paulo e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora dos livros O Passeio Vernet, de Diderot: arte, natureza, religião e sociedade (e-book, ensaio, Editacuja, 2021) e da coletânea poética Rádio melancholia (Editacuja, 2022); autora, ainda, de diversos ensaios acadêmicos e prefácios de livros, Flávia Falleiros atua igualmente como tradutora literária e de humanidades, tendo traduzido, entre diversas outras obras, Uma vaga de sonhos (100/Cabeças) e O camponês de Paris (Imago), do surrealista Louis Aragon, Hebdômeros (100/Cabeças), de Giorgio de Chirico, Pinturas (Iluminuras), de Victor Segalen (no prelo) e A mulher pintada (Editacuja), de Teresa Arijón (no prelo). Lecionou em instituições de ensino público francesas, entre as quais a École Normale Supérieure de Paris (no Département Littérature et Langages – LILA), como professora estrangeira convidada (2014), onde deu um curso de literatura comparada sobre o personagem da criança-soldado (child-soldier) em narrativas de escritores africanos (Costa do Marfim, Congo, Nigéria). Também atuou por alguns anos como docente em outras universidades públicas francesas (Rennes, Nantes e Lorient).



>> Os valores de contribuição tem um caráter de doação e serão usados para financiar os projetos d'A Capivara Instituto Cultural.


Contribuições

  • Contribuição Tô podendo

    Esse tipo de doação nos ajuda a manter o programa de bolsas para as pessoas em situação de vulnerabilidade.

    R$ 420,00
  • Contribuição Tô dura

    Essa doação nos possibilita manter A Capivara Instituto Cultural em operação.

    R$ 315,00
  • Bolsa Social

    Destinado a estudantes de graduação e pós graduação, bolsistas CAPES/CNPq e pessoas em situação de vulnerabilidade social. (**Vagas Limitadas)

    R$ 185,00
    Esgotado

Total

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