Laboratório de Poemas 1.0: Energia da Palavra e Elegância como Estilo com Dirceu Villa (1)
10, 17, 24 e 31 de agosto (terças-feiras), das 19h30 às 22h00. Transmissão via Zoom.
Informações
10 de ago. de 2021, 19:30 BRT – 23 de ago. de 2021, 21:30 BRT
Evento online via Zoom
Sobre
Esta oficina vai abordar a variedade da poesia no mundo, suas técnicas e estilos, com leitura interpretativa conjunta e exercícios práticos. Criados para aprimorar a escrita e desenvolver a percepção poética que está em todos nós.
Tome nota:
* 4 Aulas on-line via Zoom
* Datas: 10/08, 17/08, 24/08 e 31/08 (terças)
* Horário: das 19h30 às 22h00
DO QUE VAMOS TRATAR:
ENERGIA (2 AULAS): Técnicas e mistérios de dar ao poema a intensidade da emoção sentida, ou a energia intelectual de uma descoberta; o estilo sentencioso; a fúria e a porrada. Um dos mais difíceis aspectos da composição de poesia é compreender, avaliar e atingir um grau de energia no qual o que se diz é não apenas necessário em toda parte, mas eletrificado.
Para as propostas de exercícios, vamos considerar, nos poemas do(a)s participantes, a energia desferida pela palavra.
ELEGÂNCIA (2 AULAS): Ser elegante não apenas é raro, como recentemente se supõe que a preocupação com a elegância é algo para tipos afetados, sem verdadeira inspiração ou experiência. Elegância é um estilo, todo estilo tem um sentido e todo sentido compõe parte da variedade da experiência.
Veremos tipos de poetas que praticaram o estilo elegante, outro(a)s que sequer tinham escolha, e veremos como a elocução (parte da antiga retórica) nos dá instrumentos para a arte.
Não é necessário ter experiência prévia: o curso começa nas primeiras noções da linguagem poética e segue refinando a escrita com amostras e exercícios.
DIRCEU VILLA (1975, São Paulo) é poeta, tradutor e ensaísta, autor de 6 livros publicados de poesia, MCMXCVIII (1998), Descort (2003, prêmio Nascente), Icterofagia (2008, ProAC), Transformador (antologia, 2014), speechless tribes: três séries de poemas incompreensíveis (2018) e couraça (2020). É tradutor de Um anarquista e outros contos, de Joseph Conrad (2009), Lustra, de Ezra Pound (2011), Famosa na sua cabeça, de Mairéad Byrne (2015), “O Chamado de Cthulhu”, de H.P. Lovecraft (2020) e “O Anjo Heurtebise”, de Jean Cocteau (inédito). Escreveu ensaios sobre poesia contemporânea e revisão do cânone de poesia de língua portuguesa.
Foi o curador da exposição de livros de Ezra Pound, a Ezpo, da biblioteca de Haroldo de Campos, na Casa das Rosas (2008). Organizou uma antologia de poetas brasileiros contemporâneos para a revista La Otra, do México, em 2009, e escreveu apresentações para obras de Stéphane Mallarmé, Charles Baudelaire, Christopher Marlowe, além de autores contemporâneos, como Alfredo Fressia, Fabiano Calixto, Ricardo Aleixo e Jeanne Callegari.
Foi convidado para o PoesieFestival de Berlim em 2012 e em 2015 foi escolhido para residência literária em Norwich e Londres, promovida pelo British Council, a FLIP e o Writers’ Centre Norwich. Participou também do Festival Internacional de Poesía de Granada, na Nicarágua, em 2018, e foi autor convidado do Festival Policromia Poetry & Co., em Siena, Itália, 2019. Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, o inglês, o francês, o italiano e o alemão, publicada em antologias ou revistas especializadas.
Tem doutorado em Literaturas de Língua Inglesa pela USP (com estágio de doutorado em Londres), estudando o Renascimento na Inglaterra e na Itália, e pós-doutorado em Literatura Brasileira, também da USP, revisando o cânone de poesia de língua portuguesa. Ensinou literatura na pós lato-sensu da Universidade de São Paulo (USP), na graduação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), além de lecionar em cursos livres de escrita, como o Clipe, da Casa das Rosas, 2018-9, e cursos de escrita inventiva no b_arco (em parceria com Ana Rüsche), em 2008, e no Clube dos Hussardos, em 2014. É há sete anos professor da Oficina de Tradução Poética da Casa Guilherme de Almeida (Centro de Estudos de Tradução Literária), e professor do Laboratório do Poema há um ano n'A Capivara.